É preciso morar no exterior para ser fluente em Inglês?
Equipe Pedagógica Rockfeller | 23/03/2021 | 4 min de leitura | Voltar
Uns dizem que, para ser fluente, o melhor é morar fora. Outros dizem que o ideal é estudar. Quem é que está certo? É preciso morar no exterior para ser fluente em Inglês?
Esta é uma pergunta que nunca fica velha, nunca sai de moda e que continua assombrando quem quer e precisa se tornar fluente em Inglês.
Vamos aos números
Veja bem, pela pesquisa do British Council e do Instituto de Pesquisa Data Popular, apenas 5% dos brasileiros falam inglês, e só 1% pode ser considerado fluente.
E qual é a mesmo a diferença entre falar inglês e ser fluente?
Ótima pergunta, mas vamos respondê-la em outro momento.
Voltando à pesquisa que citamos acima, quer dizer que 99% da população do nosso país tem a possibilidade de se tornar fluente um dia.
O que será que impede essas pessoas de aprender o idioma?
Dentre inúmeros fatores que podemos elencar aqui, a pergunta da introdução deste post é com certeza uma questão que impacta – e muito – na decisão por adquirir ou aprender uma língua estrangeira.
Então, vamos começar pelo processo de aquisição de uma língua, o qual é o mesmo que passamos quando aprendemos a nossa língua materna – o Português. Todo bebê brasileiro nasce e é estimulado a ouvir os pais e cuidadores.
Se pensarmos em bebês de outras nacionalidades, o cenário é o mesmo. O que muda é somente o idioma falado pelos pais e familiares. Portanto, o bebê não distingue se o que ele ouve é Português, Espanhol, Inglês ou Italiano. A constância, frequência, repetição e comunicação é que dão o resultado.
Qual resultado?
Falar sua língua materna.
Adquirindo um idioma morando fora
Este processo, aqui bem mais simplificado e fácil de entender, é chamado de AQUISIÇÃO de um idioma. Isto é exatamente o que acontece quando uma pessoa vai morar no país onde o idioma alvo (aquele que ela pretender ser fluente) é oficial.
Ao viver plenamente – acordar, comer, trabalhar, fazer amigos, se comunicar, dormir, etc – em um local onde as pessoas com quem você se relaciona falam somente Inglês contigo, você consegue adquirir o mesmo idioma que elas. Perceba que alguns ainda com mais facilidade que outros. Isso pois as dificuldades de adaptação e choques culturais podem tornar esta experiência mais difícil, e até mesmo traumática. Não é mesmo?
Aprendendo um idioma no Brasil
Agora vamos ao APRENDIZADO – processo pelo qual estudamos um idioma (ou qualquer outro assunto) para um fim específico. Seja viajar, trabalhar, fazer mestrado, intercâmbio ou maratonar Friends sem legenda.
O processo de aprender uma segunda língua inclui livro didático, método, resultado e a relação professor-aluno. Tudo isso sofreu um update na versão mais recente de 2020, com aulas remotas e conteúdos 100% online. Mas claro, o foco é não alterar o objetivo dos alunos em aprender as quatro habilidades de comunicação utilizando um idioma – ler, escrever, ouvir e falar.
Agora que você sabe exatamente o que é aquisição e aprendizado, você deve estar se perguntando qual deles você deveria fazer, certo? É preciso morar no exterior para ser fluente em Inglês?
O problema é que esta decisão é exclusivamente sua. Já te disseram que a maioria das respostas estão dentro de nós mesmos? Pois é.
Mesmo assim, vamos ir um pouquinho além só para clarear um pouco mais as suas ideias.
Ao passar pelo aprendizado você terá uma base mais sólida e um conhecimento de como o inglês funciona (sim, cada língua funciona de uma forma). Como adultos, temos uma enorme tendência a racionalizar tudo a nossa volta para que encontremos algum “sentido” no que ouvimos ou falamos.
A familiaridade e a oportunidade de processar as informações nos dão mais conforto e segurança ao lidar com a comunicação em outros idiomas. Por outro lado, crianças são bem mais suscetíveis a ambos processos justamente por não comparar ou racionalizar as regras e convenções linguísticas de outros idiomas.
Sendo assim, o ideal é aprender inglês primeiro, e depois adquirir o idioma em qualquer outro lugar, com falantes nativos ou não nativos, mas fluentes e inseridos no mesmo ambiente que o seu.
Por experiência, temos inúmeros casos de sucesso de ex-alunos Rockfeller fazendo faculdade, programas de trainee, mestrado, doutorado e trabalhando pelo mundo a fora. O que inclusive, só acontece para quem consegue um bom score (nota) em testes internacionais como o TOEFL, TOEIC, IELTS e CAMBRIDGE. É impossível conseguir passar por eles sem aprendizado, sendo aqui no Brasil ou no exterior. É como pensar que uma pessoa que nasceu e cresceu no Brasil, é fluente em Português (wow) mas não é escolarizada, prestando o ENEM ou passando em algum concurso público.
Enfim, não há caminho certo ou errado. Há sim meios diferentes para alcançar diversos objetivos.
E você? Aonde quer chegar?
Tente trocar a pergunta do título. “É preciso morar no exterior para ser fluente em Inglês?” por essa aí acima. Te garanto que a resposta vem bem mais fácil do que você pode imaginar.
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